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Na primeira reunião de 2022, Copom eleva Selic para 10,75% ao ano
Ao aumentar a taxa básica de juros, BC direciona esforços para trazer a inflação para dentro das metas de 2022 e 2023
CNN BRASIL / ANNA RUSSI DO CNN BRASIL BUSINESS
Como esperado pela maior parte do mercado financeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou, nesta quarta-feira (2), nova alta de 1,5 ponto percentual na taxa básica de juros. Assim, a Selic a de 9,25% ao ano (a.a.) para 10,75% a.a..
Essa foi a primeira reunião de 2022 e o oitavo avanço consecutivo da Selic, depois de ter permanecido no menor patamar histórico de 2% a.a. entre agosto de 2020 e março de 2021. É a primeira vez desde maio de 2017, ou seja, após quatro anos, que o Brasil volta a ter juro básico de dois dígitos.
Ao aumentar a Selic, o Banco Central direciona esforços para trazer a inflação para dentro das metas de 2022 e 2023, que são de 3,5% e de 3,25% ao ano, respectivamente, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Uma taxa de juros mais alta, no entanto, pode retardar a recuperação da atividade econômica.
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A Selic é a principal ferramenta do Banco Central para conter a inflação, que no ano ado ficou em 10,06%, estourando o limite máximo da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Este ano, a previsão é de que a inflação fique acima do teto da meta também em 2022, com o mercado projetando 5,15% de alta para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano.
A última edição do Boletim Focus mostrou expectativa do mercado financeiro de que a Selic suba, pelo menos, mais 1 ponto percentual e alcance os 11,75% ao ano até o fim de 2022. Analistas mais pessimistas, no entanto, já preveem que a taxa feche o ano em 12,25%.