Geral
Dólar sobe enquanto mercado digere comunicado do Copom sobre Selic
Comitê elevou a taxa básica de juros para 10,75% ao ano, mas sinalizou uma redução no ritmo do ciclo de alta
CNN BRASIL / JOãO PEDRO MALAR DO CNN BRASIL BUSINESS*
O dólar sobe nesta quinta-feira (3) conforme o mercado digere o comunicado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgado na véspera, após o anúncio de alta da taxa básica de juros, a taxa Selic, para 10,75% ao ano, mas com uma sinalização de redução do ritmo do ciclo de elevação iniciado em 2021.
Por volta das 9h22, a moeda norte-americana subia 0,17%, a R$ 5,285. O contrato de dólar de primeiro vencimento negociado na B3 avançava 0,38%, a R$ 5,282.
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Na quarta-feira (2), o dólar fechou em 0,05%, cotado a R$ 5,275, após quatro quedas consecutivas. Já o Ibovespa caiu 1,18%, aos 111.894,36 pontos.
Dólar
O real também tem sido beneficiado por um cenário de migração de investimentos para mercados emergentes e ligados a commodities diante da expectativa de alta de juros pelo Federal Reserve, junto com as altas na Selic realizadas pelo Banco Central, que devem continuar em 2022.
O Copom seguiu as expectativas do mercado e elevou a taxa básica de juros, taxa Selic, em 1,5 ponto percentual na quarta-feira, de 9,25% para 10,75% ao ano. Foi a primeira vez que a taxa voltou aos dois dígitos desde 2017.
No comunicado, os integrantes do comitê sinalizaram que o movimento de alta deve continuar, mas com uma desaceleração no ritmo, citando a continuidade dos riscos fiscais como ameaça à ancoragem das expectativas de inflação.
O movimento favorece o real, tornando os títulos do Tesouro mais atrativos, mas é negativo para as ações, já que também torna a renda fixa mais atrativa que a variável. Por outro lado, a perspectiva de que a Selic terminará 2022 a um nível menor que o previsto após o comunicado do Copom reduz esse fluxo.
Nesse cenário, o saldo de investimentos estrangeiros em janeiro ficou positivo em mais de R$ 28 bilhões.
Brasil
Na cena local, o aumento do risco fiscal segue no radar dos investidores. Um projeto de lei sobre os impostos sobre combustíveis, chamada de PEC dos Combustíveis, elevou os temores de um descontrole fiscal.
Um analista de mercado define que a percepção é que o governo está partindo para o tudo ou nada, e deve caminhar para medidas mais populistas para elevar sua popularidade até as eleições.
Segundo projeção da equipe de análise da XP, a PEC pode diminuir a arrecadação entre R$ 70 bilhões e R$ 100 bilhões. Entretanto, o governo já discute incluir apenas o diesel no texto, sem a gasolina.
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que é o Congresso quem deve apresentar a PEC dos combustíveis. O presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), disse que a PEC vai focar no diesel. Em evento na terça-feira (1º), o ministro Paulo Guedes também se colocou como favorável à ideia.
Se de fato a isenção se restringir ao diesel, a perda de arrecadação deve cair de R$ 70 bilhões para R$ 20 bilhões. A avaliação de analistas é que o mercado pode reagir bem com um subsídio mais modesto – mas não descartam a pressão por mais isenções.
Nesta sessão, o Banco Central fará leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento de 1° de abril de 2022.
Commodities
Os investidores estrangeiros têm realizado um processo de migração para áreas ligadas a commodities e para os mercados emergentes, o que favorece o Brasil e o real, já que a bolsa brasileira possui uma grande quantidade de empresas ligadas ao setor.
Expectativas de mais medidas pró-crescimento na China, enquanto pressões econômicas baixistas persistem, estão aumentando as esperanças de uma recuperação na demanda por metais, disseram analistas, o que leva a altas nos preços.
No caso do petróleo, analistas do Goldman Sachs afirmam que os preços do petróleo Brent devem superar os US$ 100 por barril neste ano. Segundo eles, o mercado de petróleo continua em um “déficit surpreendentemente grande' já que o efeito da variante Ômicron do coronavírus na demanda pela commodity é, até agora, menor do que o que era esperado. Além disso, as tensões na Ucrânia afetam os preços.
O movimento também está ligado à perspectiva de que o Fed elevará a taxa de juros no país na reunião de março, com os investidores migrando das ações do país para mercados e ativos vistos como mais resilientes e baratos.
Qualquer alta de juros no país, porém, pode afetar os investimentos no Brasil, já que torna os títulos do Tesouro norte-americana ainda mais atrativos para os investidores.
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*Com informações da Reuters