NOVA ANDRADINA: 'Mentora intelectual' de homicídio contra “Mirim” é condenada a 19 anos

Crime ocorreu no dia 11 de setembro de 2023, no Assentamento Teijin.


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JORNAL DA NOVA

A condenada Bruna Daniela de Oliveira - Foto: Jornal da Nova
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Bruna Daniela de Oliveira, de 33 anos, mentora intelectual de homicídio qualificado contra Valdomiro Pereira, de 54 anos, conhecido como “Mirim”, foi condenada a 17 anos e 3 meses pelo homicídio qualificado, mais dois anos pelo furto e mais 10 dias multa, totalizando 19 anos e 3 meses de reclusão, inicial fechado, ou seja, continuará presa.

 

O julgamento teve início às 13h e terminou por volta das 18h20. O Tribunal do Júri foi presidido pelo juiz Juliano Luiz Pereira, tendo na acusação o MPE (Ministério Público Estadual) por meio do promotor de Justiça Murilo Hamati Gonçalves e a acusada foi defendida pela Defensoria Pública, por meio do defensor Natanael Claudino de Araujo Junior.

 

Bruna Daniela esteve presente no julgamento escoltada por agentes penais. O delegado da SIG (Seção de Investigações Gerais) da Delegacia de Nova Andradina, também participou do julgamento em depoimento ao Júri, pois foi responsável pela investigação e prisão de Bruna e Alex José Alves.

Momento que delegado da SIG Caio Bicalho falava sobre o crime, prisão e investigação - Foto: Jornal da Nova

Este último, o corréu Alex José Alves continua preso e aguarda o julgamento do recurso contra a sentença de pronúncia.

 

Caso


Os denunciados, Bruna Daniela de Oliveira e Alex José Alves, mediante divisão de tarefas, subtraíram para si, mediante violência exercida com emprego de arma de fogo, a quantia de R$ 35 mil, de modo que da violência acarretou a morte da vítima Valdomiro Pereira. Crime ocorreu no dia 11 de setembro de 2023, no Assentamento Teijin.

 

Conforme as investigações, na data dos fatos, aproveitando-se do relacionamento extraconjugal com o ofendido, Bruna se dirigiu até o Assentamento Tejin, manteve relação sexual com Valdomiro e colocou um medicamento não identificado em sua bebida, com o intuito de dopá-lo, em seguida, retornou ao distrito de Nova Casa Verde e se encontrou com Alex.

O Tribunal do Júri foi presidido pelo juiz Juliano Luiz Pereira - Foto: Jornal da Nova

Ao anoitecer, os denunciados dirigiram-se até a aludida propriedade, em uma motocicleta, oportunidade que Bruna adentrou no imóvel, enquanto Alex desligou o padrão de energia e permaneceu na porteira, para garantir a execução do crime.

 

Após o aval da acusada, Alex entrou na residência, permaneceu na parte externa e verificou que a vítima estava desnorteada, em virtude dos medicamentos ministrados anteriormente pela Bruna, com o intuito de facilitar a prática criminosa.

 

Neste momento, Bruna subtraiu o aparelho celular de Valdomiro, localizou um revólver, entregou para Alex desferir os tiros, mas o denunciado não conseguiu efetuá-los.

Julgamento aconteceu nesta terça-feira (20) - Foto: Jornal da Nova

Em continuidade, Bruna se apossou da arma de fogo e efetuou três disparas contra Valdomiro, atingindo as regiões do flanco esquerdo, esternal e clavícula direita. Ato continuo, os acusados evadiram do local, arremessaram o artefato e a chave do veículo da vítima em um rio pelo caminho.

 

No dia seguinte, Alex, com o intuito de garantir a impunidade do delito, dificultando as investigações, se dirigiu novamente à propriedade da vítima, retirou as câmeras de monitoramento, o modem e o DVR, colocou-os em uma bolsa e dispensou na estrada que liga o distrito de Nova Casa Verde a cidade de Nova Andradina.

 

Posteriormente, após tentativas com diversas pessoas, Alex contatou um homem e solicitou empréstimo de uma conta bancária do Banco do Brasil para efetivar a transferência dos valores subtraídos da conta bancária do ofendido para posterior saque. Para tanto, o denunciado disse que os valores eram provenientes de uma venda de gado realizada por Bruna.

Valdomiro Pereira, de 54 anos, conhecido como Mirim - Foto: Redes sociais

Assim, já em e do aparelho celular da vítima, Bruna transferiu, via aplicativo bancário, o valor de R$ 35 mil para a conta bancária do homem, oriundo da conta de Valdomiro. Em seguida, foram até a agência do Banco do Brasil e homem sacou R$ 8 mil no caixa interno, bem como R$ 5 mil no caixa externo, entregando-os diretamente à acusada.

 

Já no dia 13 de setembro de 2023, os denunciados tentaram sacar o valor remanescente, mas não lograram êxito, devido ao limite de saque imposto pela instituição bancária.

 

Ocorre que, ao questionar os acusados acerca da origem da quantia e com a resposta contraditória apresentada por eles, o homem constatou que Valdomiro era o indivíduo conhecido como "Mirim", morto dias antes. Dessa forma, dando-se conta da empreitada criminosa, o homem efetuou uma transferência via PIX no valor de R$ 27 mil para a conta bancária de Bruna e informou o fato a ex-esposa da vítima.

 

Nesse interim, após receber informação do óbito e encetar diligencias na identificação da autoria delitiva, a Policia Civil localizou Alex nas margens da rodovia que liga Taquarussu e Bruna no posto de combustível daquela cidade, ambos em processo de fuga.

Momento da prisão de Bruna e Alex - Foto: Jornal da Nova

Em solo policial, Bruna itiu a prática criminosa, mas exerceu a direito de permanecer em silêncio em relação aos detalhes dos fatos.

Em contrapartida, Alex José confessou a prática delituosa em conluio com a denunciada e relatou a dinâmica pormenorizada.


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