Como o vôlei deixa a Liga rumo a Tóquio

Com bons resultados em Rimini, duas seleções mostram força em competição que antecede as Olimpíadas, fecham a lista e dão os seguros na preparação para os Jogos


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GLOBO ESPORTE

Na bagagem, um título e um vice. Se os olhos sempre quiseram enxergar além dos resultados imediatos, os os se comprovam certeiros. Na Liga das Nações, em Rimini, na Itália, o Brasil se firmou como um dos favoritos ao pódio nas Olimpíadas de Tóquio. Não só a seleção masculina, campeã com uma campanha quase perfeita. Mas, também, a feminina, prata quando muitos apontavam um nível abaixo.


Ao embarcar para a Itália, as duas seleções levavam mais dúvidas do que certezas. A equipe masculina, abalada com a ausência do técnico Renan Dal Zotto, em recuperação da internação por coronavírus, parecia, é verdade, estar em um estágio mais avançado na preparação. Ainda precisava, porém, provar o favoritismo em quadra. E provou – não só pelo título, mas pelo desempenho na maior parte da competição. Zé Roberto carregava uma dúvida maior, muito pela incerteza diante de algumas ausências. Mas, nesta análise, vamos por partes.


Primeiro, a seleção masculina. É fácil elogiar quando se está no topo, é verdade. Mas esqueçam, por favor, o resultado. Durante a Liga das Nações, mesmo na ausência de Renan Dal Zotto, a base do time se revelou clara. A ideia de jogo já estava ali, mesmo sem o seu idealizador. Diante de alguns de seus maiores rivais em Tóquio, o Brasil se impôs com um jogo agressivo e muito volume.Havia poucas dúvidas a resolver ao se pensar na lista olímpica. No meio de rede, Isac se fez valer da deixa de Maurício Souza e Lucão, que não entraram em quadra no início da Liga.

 

No duelo particular pela terceira vaga no grupo, o central levou a melhor sobre Flávio. Bem no bloqueio, no ataque e no saque, aproveitou as chances e carimbou seu lugar na convocação. Entre os líberos, Thales sempre contou com a preferência da comissão. Maique teve algumas poucas chances, é verdade, mas parece estar sendo trabalhado para o próximo ciclo.

 

Tem condições para isso.Entre os que já estavam certos, Lucarelli e Leal se firmaram como pilares ofensivos do time. Foram muitos os jogos em que saíram de quadra como destaques na pontuação. Durante a Liga, evoluíram, também, no e e deram segurança ao sistema defensivo da seleção.

 

O jogo contra a Polônia é um exemplo. Nos momentos mais críticos, Douglas Souza e Maurício Borges também corresponderam. O Brasil, mais uma vez, se mostra bem servido nas pontas. Assim como Cachopa e Alan, boas opções no banco de reservas.


No meio, Maurício Souza fez uma ótima reta final de Liga. Lucão, que só entrou em quadra na última semana da fase de classificação, ainda precisa ganhar ritmo de jogo. Ainda assim, deu provas do já conhecido talento e do entrosamento com Bruninho. O levantador, aliás, brilhou. Com um repertório extenso na distribuição de jogo e essencial, também, na defesa, o capitão é, hoje, um dos melhores do mundo na posição. Não ter entrado na seleção da Liga é quase um insulto.

A melhor notícia da Liga, porém, tem nome. Em entrevista ao SporTV antes da disputa, Wallace disse não estar no melhor de sua forma. Ainda que tenha deixado a Turquia como destaque do campeonato local, o campeão olímpico reconheceu que o nível que encontraria nas Olimpíadas seria diferente. Precisava evoluir. E evoluiu. Depois de um início instável, terminou a competição como MVP e melhor oposto, ainda que dividindo o prêmio com o polonês Kurek. Se já não salta como no auge, Wallace esbanja talento na hora da definição das jogadas.


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