EUA e aliados miram “fortaleza russa” com sanções, incluindo exclusão do Swift

Medidas incluem bloqueio ao o de alguns bancos russos a um sistema internacional de pagamentos, além de sanções às reservas internacionais do banco central russo


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CNN BRASIL / STEVE HOLLAND JOHN CHALMERS DAPHNE PSALEDAKIS DA CNN

Os Estados Unidos, Reino Unido, Europa e Canadá se moveram neste sábado (26) para bloquear o o de certos bancos russos ao sistema internacional de pagamentos Swift como punição adicional a Moscou, que continua seu ataque contra a Ucrânia.

As medidas, que também incluirão restrições às reservas internacionais do banco central russo, serão implementadas nos próximos dias, disseram as nações em um comunicado conjunto que também prometeu mais ações por vir.

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“Vamos responsabilizar a Rússia e garantir coletivamente que esta guerra seja um fracasso estratégico para Putin”, escreveram os líderes da Comissão Europeia, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos.

“Mesmo além das medidas que estamos anunciando hoje, estamos preparados para tomar mais medidas para responsabilizar a Rússia por seu ataque à Ucrânia”, acrescentaram.

A medida ocorre depois que os Estados Unidos e seus aliados aplicaram sanções nesta semana aos principais bancos russos, bem como ao próprio presidente russo, Vladimir Putin, entre outros, enquanto as forças de Moscou avançavam no coração da Ucrânia em direção a Kiev.

“À medida que as forças russas atacam Kiev e outras cidades ucranianas, estamos decididos a continuar impondo enormes custos à Rússia. Custos que isolarão ainda mais a Rússia do sistema financeiro internacional e de nossas economias”, disse Ursula von der Leyen, presidente do Comissão Europeia, o executivo da União Europeia.

As ações visam impedir que Putin use US$ 630 bilhões em reservas de moeda estrangeira do banco central na invasão da Ucrânia e defender um rublo em queda.

Cortar os bancos russos do sistema Swift – a principal rede internacional de pagamentos do mundo – é um golpe para o comércio russo e torna mais difícil para as empresas russas fazer negócios.

“O governo de Putin está sendo expulso do sistema financeiro internacional”, disse um alto funcionário do governo dos Estados Unidos.

O Swift, ou a “Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais”, é um sistema de mensagens seguro que facilita pagamentos rápidos além-fronteiras, facilitando o fluxo de comércio internacional.

Ele se tornou o principal mecanismo de financiamento do comércio internacional. A cada ano, trilhões de dólares são transferidos usando o sistema.

A autoridade dos Estados Unidos disse a repórteres que, se um dos bancos cortados da Swift quiser fazer um pagamento com um banco fora da Rússia, provavelmente precisará usar um telefone ou fax.

Rússia ataca a Ucrânia durante a madrugada desta quinta

Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022.

Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022.

Uma visão do edifício danificado em Kiev, que foi atingido por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022.

Cidadãos ucranianos chegam à Romênia cruzando a fronteira de Siret, em 26 de fevereiro de 2022, depois que a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia.

Militares ucranianos chegam da ilha de Zmeiny, em 26 de fevereiro de 2022, após se renderem voluntariamente às tropas russas. Com certos procedimentos legais concluídos, eles serão enviados de volta para suas famílias na Ucrânia.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky discursa uma mensagem em vídeo ao povo da Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022.

Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022.

Um soldado ucraniano é visto atrás de pneus no bairro de Zhuliany, em Kiev, durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022.

Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022.

Um veículo blindado circula no bairro de Zhuliany, em Kiev, durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022.

Explosão é vista na capital ucraniana de Kiev na quinta-feira, 24 de fevereiro

Diversas explosões foram registradas na Ucrânia após invasão de tropas russas na madrugada de quinta-feira (24)

Fumaça sai da região que abriga o Ministério da Defesa da Ucrânia em Kiev

Engarrafamento registrado em Kiev, capital da Ucrânia

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convoca cidadãos para luta armada e pede doações de sangue nesta quinta-feira (24)

Moradores de Kiev deixam a cidade após ataques de mísseis das forças armadas russas e de Belarus, em 24 de fevereiro de 2022, em Kiev, na Ucrânia

Tanques em Mariupol após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar a invasão da Ucrânia

Tanques entram em Mariupol após presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar invasão da Ucrânia

Longa fila de carros em Kiev, tentando sair da Ucrânia, na manhã desta quinta (24)

Espaço aéreo na Ucrânia foi completamente fechado após invasão de tropas russas no país

Pesssoas esperam trens em estação enquanto tentam deixar Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, após a Rússia iniciar um ataque em larga escala ao país

Estrutura danificada por um míssil em 24 de fevereiro de 2022, em Kiev, na Ucrânia. Explosão ocorreu devido a um ataque em larga escala realizada pela Rússia

Civis de Donetsk e Luhansk, regiões com predominância de separatistas russos, em Donbass, estão se instalando em campos em Rostov, na Rússia, após a evacuação da região em 21 de fevereiro de 2022

Pessoas esperam ônibus em rodoviária em tentativa de deixar Kiev, a capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022. A Rússia iniciou um ataque à Ucrânia, e expolosões vêm sendo relatadas em diversas regiões do país

Caminhões do exército russo am por um posto policial em Armyansk, no norte da Crimeia, em 24 de fevereiro de 2022, após operação militar na Ucrânia

Veículos militares deixam a cidade de Armyansk, no norte da Crimeia, após ataque russo na Ucrânia

Tanque militar ucraniano próximo da escadaria Potenkin, no centro de Odessa, na Ucrânia, após operação militar russa em 24 de fevereiro de 2022

Veículos militares após operação militar da Rússia, em Kramatorsk, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, no que foi classificado como maior ataque militar entre países da Europa desde a Segunda Guerra Mundial

O bispo da Eparquia Católica Ucraniana da Sagrada Família de Londres junta-se a protesto realizado por ucranianos contra a invasão russa em Downing Street, no centro de Londres, em 24 de fevereiro de 2022

Protesto em Berlim na Alemanha em apoio aos ucranianos e pedindo o fim da operação militar russa no país, em 24 de fevereiro de 2022

Pessoas fazem filas para sacar dinheiro nos caixas eletrônicos com medo dos ataques russos em Odessa, Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022

Mulher chora após entrar na Polônica, na fronteira entre o país e a Ucrânia, após bombardeio russo. Espera-se que o conflito crie uma onda de refugiados ucranianos que buscarão asilo na Polônia

Primeiros imigrantes ucranianos começam a entrar na Polônia, após ataque russo no país

Foguetes militares cruzam o céu durante entrada de repórter da CNN na Rússia

Pessoas formam filas nos supermercados em Kiev, Ucrânia, com medo do desabastecimento devido aos ataques russos no país, que já mataram mais de 40 soldados ucranianos

Carros fazem fila em um posto de gasolina em Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022

Metrô de Kharkiv virou abrigo improvisado, como flagrou equipe de CNN

Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022

Bombeiros ucranianos chegam para resgatar cidadãos após ataque aéreo atingir um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022

Um apartamento danificiado após um ataque aéreo russo em um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022

Militares jogam itens em um incêndio do lado de fora de um prédio de inteligência em Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022

Avião militar dos EUA decola de base aérea em Ramstein, no estado alemão de Renânia-Palatinado, em 24 de fevereiro de 2022. Otan está fortalecendo suas tropas orientais.

Fumaça escura sobe de um aeroporto militar, em Chuguyev, perto de Kiev, segunda maior cidade da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022

Posto de controle na região de Kiev danificado por disparos de artilharia

Bombeiros tentam apagar incêndio em prédio residencial na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022

Manifestantes protestam em Berlim contra invsão da Ucrânia pela Rússia

Helicópteros militares russos durante voo-teste na região de Rostov

Bombeiros chegam para apagar fogo em edifício de apartamentos em Chuhuiv no leste da Ucrânia

Equipes de resgate no local de queda de avião das Forças Armadas da Ucrânia na região de Kiev

Centenas de moradores de um prédio residencial danificado por um míssil se reúnem em um abrigo antibomba no porão de uma escola em Kiev, em 25 de fevereiro de 2022.

Uma criança brinca no parquinho enquanto civis são vistos do lado de fora de um prédio residencial da região de Kiev, atingido durante intervenção militar russa, em 25 de fevereiro de 2022.

Guardas de fronteira ucranianos que serviam no ponto de agem de Chongar e entregaram suas armas, em 25 de fevereiro de 2022.

Um homem olha pela janela de um apartamento danificado em um bloco residencial atingido por um ataque de mísseis matinal, em 25 de fevereiro de 2022, em Kiev.

Um homem caminha com seu cachorro na frente de um bloco residencial danificado por um ataque de mísseis matinal, em 25 de fevereiro de 2022, em Kiev.

Um quarto queimado e danificado de um apartamento é visto em um bloco residencial atingido por um ataque de mísseis matinal em 25 de fevereiro de 2022 em Kiev.

Ucraniano recolhe seus pertences após o quarto ser danificado por um míssil, em Kiev, 25 de fevereiro de 2022.

Os Estados Unidos e seus aliados finalizarão a lista de bancos que serão cortados do Swift, disse a autoridade, acrescentando que os bancos já sob sanções dos Estados Unidos e da Europa seriam os primeiros considerados.

Biden anunciou na quinta-feira sanções que visam limitar a capacidade da Rússia de fazer negócios em dólares, euros, libras e ienes. Entre os alvos estavam o Sberbank e o VTB, apoiados pelo Estado, os dois maiores credores da Rússia.

As novas medidas anunciadas no sábado também impedirão a Rússia de “usar seu baú de guerra”, paralisando os ativos de seu banco central, congelando suas transações e impossibilitando que o banco central liquide seus ativos, disse von der Leyen.

“Estamos desarmando a fortaleza da Rússia com essa ação”, disse a autoridade dos Estados Unidos, acrescentando que outras ações contra o banco central podem ser finalizadas no fim de semana.

Os Estados Unidos aplicaram sanções ao banco central do Irã em 2019, após ataques a instalações petrolíferas na Arábia Saudita que foram reivindicadas pelo movimento Houthi, alinhado ao Irã, no Iêmen.

Na época, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse que as medidas, destinadas a cortar as fontes de financiamento restantes do Irã, foram “as mais altas sanções já impostas a um país”.

Os aliados também se comprometeram no sábado a limitar a venda de cidadania por meio dos chamados aportes dourados usados ​​por alguns russos ricos para obter residência em países ocidentais e o a seus sistemas financeiros.

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia discutirão o pacote de sanções em uma reunião virtual na noite de domingo, a quarta vez que se reúnem em uma semana.

No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson disse que a “ação decisiva” dos aliados fecharia a Rússia do sistema financeiro global. “Continuaremos trabalhando juntos para garantir que Putin pague o preço por sua agressão”, escreveu ele no Twitter.

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