Mulher queimada por capataz no Pantanal morre na Santa Casa

Eliana Guanes, de 59 anos, sofreu queimaduras graves após ataque com gasolina em área rural isolada de Corumbá


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CAMPO GRANDE NEWS

 Lourenço Xavier foi preso em flagrante (Foto: divulgação / policia)
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Eliana Guanes, de 59 anos, morreu após ser vítima de um ataque brutal na tarde de ontem (6), numa fazenda na região do Pantanal da Nhecolândia, zona rural de Corumbá, distante 428 quilômetros de Campo Grande. A mulher, que trabalhava como faxineira na propriedade, teve o corpo queimado após o capataz da fazenda, Lourenço Xavier, de 54 anos, jogar gasolina sobre ela e atear fogo.

Uma mulher de 59 anos morreu após ter o corpo queimado por um capataz em uma fazenda no Pantanal da Nhecolândia, zona rural de Corumbá, Mato Grosso do Sul. Eliana Guanes, que trabalhava como faxineira na propriedade, foi atacada por Lourenço Xavier, de 54 anos, que jogou gasolina e ateou fogo nela. O crime ocorreu após a vítima recusar uma proposta de relacionamento do agressor. Devido à gravidade das queimaduras, Eliana foi socorrida por equipes do Corpo de Bombeiros e levada à Santa Casa de Campo Grande, onde faleceu. O caso é investigado como feminicídio, sendo o 15º registrado no estado. O suspeito foi preso em flagrante e possui histórico criminal.

O crime ocorreu por volta das 15h, em área de difícil o, o que exigiu o deslocamento aéreo de equipes do Corpo de Bombeiros. Eliana foi socorrida em estado grave por uma aeronave do GOA (Grupo de Operações Aéreas), com apoio da Ursa (Unidade de Resgate Avançado), e levada à Santa Casa de Campo Grande, onde faleceu ontem mesmo devido à gravidade das queimaduras.

Lourenço foi preso em flagrante horas após o crime. Ele já possui agens criminais por ameaça, furto e violência doméstica, conforme consta no sistema da polícia.

Um vídeo feito logo após o crime mostra o desespero de testemunhas. Uma mulher que aparece nas imagens afirma que Eliana estava desacordada e aguardando socorro. “Olha a situação que está a mulher e nada de socorro. Ela está desmaiada. Eu estou muito nervosa e com medo de ficar aqui, desse homem solto por aí, fazer alguma arte com a gente', disse.

Em entrevista ao Diário Corumbaense, o delegado Fillipe Araújo Izidio Pereira, responsável pela investigação, disse que o caso é tratado como feminicídio. 'Algumas informações iniciais e áudios que tivemos o dão conta de que ele teria proposto um relacionamento à vítima, mas ela disse não. Ele não aceitou e, por esse motivo, ateou fogo nela. Por esse menosprezo ao gênero da mulher, à condição de mulher, o crime se enquadra como feminicídio sim, apesar de não haver relação íntima ou familiar entre eles', explicou o delegado.


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